Aplausos e Salvas de Palmas

  • Imprimir
Partilhar no Chuza!Partilhar no DoMelhorPartilhar no La TafaneraPartilhar no ZabalduPartilhar no AupatuPartilhar no MenéamePartilhar no TuentiPartilhar no Buzz it!Partilhar no Digg it!Partilhar no FacebookPartilhar no TwitterPartilhar no Cabozo

Bom é, que tenhamos sempre em mente, a necessidade de fazermos a diferença do que nos é lícito e do que não nos convém, mesmo sendo lícito. É assim que Paulo apresenta por duas vezes seu ensino, em 1Co 6.12: "Todas as coisas me são lícitas..." Ele apresenta como direito líquido e certo costumes e usos da sua época, mas que não convinha aos cristãos, pelo simples fato de serem igreja do Senhor.

 

"Nem todas me convém..." Não convém por questão de testemunho e também de confusão que possa trazer na mente dos crentes mais fracos e dos não crentes. "Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas". Mesmo que sejam aceitas até mesmo por muitos cristãos, nós não devemos praticá-las se trazem dúvidas, discórdias e porfias.

Em 1Cor.10.23, Paulo acrescenta à questão da licitude outra mais importante do que a conveniência, que é a da edificação. Mesmo sendo lícito não edifica. Palmas no meio do culto não é nem conveniente e muito menos edifica. Aplausos fazem bem nos estádios de futebol, nas casas de espetáculos e nos circos.

Palmas no culto pode até ser legal, nos dois sentidos da palavra. Faz barulho, pode animar artificialmente o ambiente, pode ser prazeroso para alguém, mas não edifica portanto não convém. Aplausos no culto e nas atividades da igreja trazem uma confusão entre o que é para a glória do Senhor e para a recompensa do homem.

Nós somos animados pelo Espírito Santo do Senhor, e não por emoções e reações humanas. O ânimo vem da inspiração espiritual, da bênção da comunhão.

Jesus nos ensina que nosso galardão é dado pelo Deus que vê em secreto. No sermão do Monte, Mateus 6.2-4, nosso Mestre nos ensina que quando somos glorificados pelos homens, já recebemos nossa recompensa, assim sendo não teremos a bênção de sermos recompensados pelo Pai que vê em secreto.

Portanto, não cabe aplausos para nenhuma atividade da igreja. Por outro lado se aplaudimos os atores de uma representação teatral, porque não aplaudir os cantores do Coral? Ou se aplaudimos quem declama uma poesia, porque não fazê-lo também para quem canta um solo?

Aplaudindo uma palestra de um conferencista porque não aplaudir o professor da EBD após cada aula? Aplaudindo a mensagem trazida pelo Pregador não deveríamos também aplaudir o irmão ou a irmã que ora em público?

Por último porque aplaudiríamos nós se o que foi apresentado não foi para nosso deleite, mas sim para a honra e glória de Nosso Senhor? Seriamos nós espectadores do culto? Seriamos assistentes de uma apresentação musical, artística ou de variedades? Não somos nós todos cultuadores, adoradores, louvadores do nome do Senhor?

Por isso em nossa igreja, não aplaudimos nossos irmãos que fazem uso dos dons, talentos, conhecimentos e habilidades que o Senhor lhes dera para a edificação de todo o corpo de Cristo.

Mesmo que aparentemente mereçamos pelos nossos esforços, dedicação e boa performance, não somos nós só servos do Senhor?

"Assim também vós, depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer". Lc 17.10